| 20/09/2008 15h37min
Tcheco e o Grêmio se completam. No ano passado, ao trocar Porto Alegre por Jeddah, na Arábia Saudita, o meia partiu para o Al-Ittihad pensando em voltar. Retornou ao Olímpico na 11ª rodada do Brasileirão. Ajudou a transformar o time de Celso Roth em líder do campeonato. Com Tcheco, o Grêmio ganhou um polivalente meia, um novo capitão, mas, sobretudo, um especialista em bolas paradas. Escanteios e cobranças de faltas são com o camisa 10. Seus cruzamentos serão uma das armas do Grêmio para bater o Atlético-PR, neste domingo, às 16h, na Arena.
ATLÉTICO-PR
Galatto; Rhodolfo, Antônio Carlos e Danilo; Alberto, Alan Bahia, Chico, Ferreira e Netinho; Rafael Moura e Júlio César. Técnico: 
Geninho
GRÊMIO
Victor; Léo, Jean e Réver; Paulo Sérgio, 
Rafael Carioca, Orteman, Tcheco e Pico; Marcel e Perea. Técnico: Celso Roth
Para o exigente Celso Roth, Tcheco está entre os melhores do Brasil no quesito bola parada. Em 14 jogos, Tcheco foi responsável direto por pelo menos cinco gols – além de ter feito um, de pênalti, contra o Atlético-MG. Logo na estréia, contra a Portuguesa, foi dele a cobrança de escanteio para o gol de empate de Marcel – o centroavante também faria o gol da dramática virada. 
– A bola parada e o cruzamento na área para o cabeceio de atacantes e zagueiros é algo cultural no Grêmio – comenta Tcheco. – Felizmente, esse aspecto do clube me beneficia. 
Rômulo, que jogou no Grêmio em 2006, deixou saudade 
Apesar do desnível técnico do futebol árabe, em comparação com o brasileiro, o meia não perdeu a embocadura em Jeddah. A principal característica do Al-Ittihad era justamente a bola aérea para 
dois centroavantes grandalhões, algo raro na Arábia. 
Tcheco lembra que o 
segredo das perigosas cobranças não está apenas na técnica. Há também muito treino – cerca de 40 cruzamentos por dia –, referência para tirar a bola dos adversários e encontrar a cabeça de atacantes e zagueirões, além de um pouquinho de superstição. Antes de bater na bola, o meia procura o ventil. Alega que é o único gomo diferente, mas logo em seguida admite que se trata apenas de um “auxílio psicológico”. 
A excelência na bola parada começou quase que por acaso no Coritiba de 2002. Sem um cobrador oficial de escanteios, e percebendo que ninguém se apresentava para os cruzamentos, Tcheco assumiu o posto. Durante a semana, colocava cones ou arrastava a barreira de ferro para a pequena área. Corria para o escanteio e começava a mandar a bola. 
– Nos escanteios, miro o adversário que estiver mais perto da primeira trave. É ele quem tentará cortar meu cruzamento. Procuro colocar a bola nas costas desse jogador. Se ela passar, é meio gol – diz Tcheco. 
Apesar do entrosamento com Marcel e 
Perea, é o centroavante Rômulo quem deixou saudade. Rômulo jogou com Tcheco em 2006, mas não ficou no Olímpico. Ao final da temporada acabou vendido pelo Ituano – dono de seus direitos econômicos – ao Cruzeiro. 
– Meu aproveitamento com o Rômulo era impressionante. Eu jogava a bola na área e ele marcava – recorda Tcheco.
Gols em cruzamentos 
- Grêmio 2x1 Portuguesa 
Tcheco bate escanteio, Marcel marca de cabeça 
- Figueirense 1x7 Grêmio 
Tcheco cobra escanteio e Perea faz de cabeça 
Tcheco cruza na área, Marcel marca 
- Coritiba 0x1 Grêmio 
Tcheco cobra escanteio, Marcel faz de cabeça 
- Náutico 1x1 Grêmio 
Tcheco cruza, a defesa afasta. No rebote, Souza levanta na área para Réver empatar 
A bola 
Na hora do escanteio, Tcheco procura bater no gomo em que está o ventil. Diz que é “diferente”, mas também 
assume que é superstição. 
O alvo 
O meia gremista mira o adversário que estiver mais perto da 
primeira trave. 
– Se colocar a bola nas costas desse jogador, é meio gol – garante. 
 
							
							
								Em 14 jogos, Tcheco foi responsável direto por pelo menos cinco gols em bolas paradas
								
									Foto: 
									Jefferson Botega
									
									
								
							
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