| 16/04/2008 23h37min
Um dos indícios para as possíveis causas do problema do Caxias de levar gols quase no fim dos jogos talvez esteja no contraste entre as reações de jogadores e do treinador quando perguntados a respeito. Enquanto os jogadores externavam até uma certa surpresa ante a constatação de que o time vem deslizando nos últimos instantes das partidas, o técnico Gilson Kleina não conseguia ocultar o descontentamento. 
— É até difícil explicar. Essa derrota para o Inter me custou uma noite de sono — revelou o comandante, na noite desta quarta-feira, ainda insatisfeito com o 1 a 0 sofrido aos 47 minutos do segundo tempo, em casa, no domingo. 
O resultado que pode custar também a presença do clube na decisão do título gaúcho após oito anos é apenas o mais recente de uma síndrome que vem afligindo a melhor defesa da competição. 
A equipe já sofreu quatro gols a partir dos 40 minutos da etapa final em três partidas diferentes. O prejuízo chega a sete pontos 
perdidos em nove disputados. No episódio 
mais grotesco, uma vitória por 2 a 0 sobre o Sapucaiense desmoronou para um frustrante 2 a 2. 
A eliminação do São José-PoA, nas quartas-de-final, quase se complicou graças a uma lambança nos acréscimos do jogo no Passo D'Areia. Sem mencionar o jogo do returno contra o próprio Sapucaiense, porque neste caso o Caxias conseguiu deixar a vitória por 1 a 0 escapar antes dos 40: aos 38. 
— Cheguei a falar para eles: "gente, quando sobe aquela plaquinha dos acréscimos, o jogo não terminou ainda". No futebol de hoje, o foco tem de ser mantido até o apito final — desabafou Kleina. 
Para o treinador, é inadmissível que o grupo demonstre sinais de relaxamento a partir dos 45 minutos do segundo tempo com a bola ainda rolando. 
— O que me incomoda é que nós estamos cometendo erros e propiciando chances ao adversário, não é mérito da criação deles. Contra o Inter, por exemplo, foi uma sucessão de erros: tomamos um gol de lateral, com sete homens 
na bola. Contra o São José éramos quatro contra 
dois. 
— Espero que possamos reverter esse quadro. Acho que chegou a hora de o Caxias fazer gol no final. Estamos vivos na disputa. A vontade é maior ainda, assim como a dificuldade que nós mesmos criamos. Tenho a confiança de que faremos muito melhor no Beira-Rio – completou. 
Para fazer melhor no domingo como aposta o técnico, o Caxias pode reforçar o ataque. A solidão de Kempes pode estar com hora marcada para chegar ao fim. Diante do Inter, o jogador pode receber a companhia de Flávio Guilherme ou Waldir. 
Difícil de explicar 
Nem mesmo integrantes experientes da melhor defesa do Gauchão conseguem explicar facilmente porque, para o Caxias, o sucesso termina aos 40. 
— Não é questão de relaxar. Às vezes, por faltar pouco tempo, a gente pode acreditar que está tudo decidido. E não está. Acho que precisamos de um pouco mais de atenção — opinou o lateral-direito Gustavo. 
Para o zagueiro Cuca, a síndrome dos gols sofridos em instantes decisivos das 
partidas exige atenção. Especialmente porque os prejuízos tornam-se irreversíveis. 
— É difícil saber o que acontece com o time. Não sei o que pode ser, mas é algo para ficarmos mais alertas ainda. 
Ingressos 
Os ingressos para Inter x Caxias, domingo, às 16h, no Beira-Rio, estão à venda na loja Espaço Grená, em Caxias, ao preço de R$ 15. O valor é R$ 5 mais barato que o atual ingresso de arquibancada no Centenário. No Beira-Rio, o acesso para a torcida visitante será pelo portão 3. 
							
							
								O Caxias perdeu no último domingo para o Inter com gol de Alex aos 47 minutos do segundo tempo
								
									Foto: 
									Ricardo Wolffenbuttel
									
									
								
							
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